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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

CDP ainda sem solução.


CDP da Zona Norte ainda não foi recuperado




O sistema prisional do Rio Grande do Norte segue sofrendo os problemas das rebeliões ocorridas em unidades de carceragem há exatos três meses. A revolta dos presos ocorrida no dia 11 de outubro atingiu quatro locais administrados pela Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania (Sejuc): as penitenciárias estaduais de Parnamirim e do Seridó, em Caicó; o presídio agrícola Mário Negócio, em Mossoró, e o Centro de Detenção Provisória (CDP) da Zona Norte de Natal, que chegou a ser parcialmente destruído pelos presos. E é no CDP que o problema persiste, pois mesmo passados 90 dias da rebelião a unidade ainda não voltou ao pleno funcionamento. A reforma prevista para ser entregue em novembro ainda está sem curso e sem data para terminar, o que impossibilita a volta dos presos para a carceragem.



A reforma, que está sob a responsabilidade da Secretaria Estadual da Infraestrutura (SIN), seria para que o CDP da Zona Norte voltasse a abrigaros 85 presos transferidos do local na época da rebelião. Segundo o chefe da Coordenadoria de Administração Penitenciária (Coape), José Olímpio da Silva, ainda não há luz no fim do túnel do CDP. "Não posso nem dizer uma data do fim da obra, porque isso era para ter acontecido em novembro. O que era para 30 dias, passou para 60, chegou a 90 e nada foi resolvido. A cobrança nossa à SIN é constante, mas até agora, infelizmente, nada foi feito", explicou Olímpio.

Como o CDP da Zona Norte é dividido em duas partes, a que não foi depredada em outubro de 2011 e onde funcionava a antiga Delegacia da Mulher continua funcionando normalmente, com presos que cometeram delitos como agressões ligadas a Lei Maria da Penha e problemas de pagamento de pensão alimentícia. "Hoje, temos cerca de 32 presos nesta carceragem, que continua funcionando normalmente. Na época da rebelião em outubro não tivemos problemas neste setor, por isso não foi preciso transferir os presos", conta José Olímpio. Nas quase três horas de motim no dia11 de outubro, os presos conseguiram retirar as grades de todas as nove celas que os abrigavam no CDP.

A situação em todas as outras três unidades prisionais afetadas pelo motim de três meses atrás, segundo Olímpio, estão normalizadas. "Como foram situações mais tranquilas e de menor destruição do que no CDP, todas as recuperações necessárias já foram feitas. O caso de vandalismo no presídio de Caicó, por exemplo, foi principalmente de destruição de pouco mais de 60 cadeados, que já foram repostos", explicou o coordenador. As 18 grades que foram arrancadas do pavilhão 2 do presídio de Parnamirim, segundo Olímpio, também já foram recolocadas.

Memória

Os motins ocorridos em quatro unidades prisionais do RN no dia 11 de outubro passado aconteceram como um efeito dominó. Já nas primeiras horas da manhã daquela terça-feira, os apenados do Presídio Estadual de Parnamirim começaram o "quebra-quebra" no pavilhão 2 da unidade e arrancando 18 grades das celas do setor. Algumas horas após, os tumultos começaram em Caicó, com a quebra de cadeados e queima de colchões. No fim da manhã e início da tarde os problemas passaram ao CDP da Zona Norte, com a destruição quase completa das nove celas da unidade, e ao presídio agrícola Mario Negócio, em Mossoró, onde aconteceram queima de colchões e a quebra de três celas. 
FONTE: DNonline

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