Relatório irá avaliar condições psíquicas dos PM’s do RN
A professora Ana Augusta Moreira, da Universidade Potiguar, irá fazer um trabalho social junto aos policiais militares do Rio Grande do Norte, para mapear e apontar soluções para problemas psicológicos que atingem a categoria. A ideia partiu da Associação dos Cabos e Soldados (ACS-PM), em virtude do alto índice de policiais que sofrem algum tipo de alteração na sua rotina e não encontram estrutura no Estado.
“Fui procurada pelo soldado Roberto Campos, presidente da Associação, para realizar esse trabalho. Vamos reunir o maior número possível de policiais para que eles possam responder a um questionário, que abordará desde a rotina de trabalho bem como familiar. A ideia é reunir todo esse estudo e criar um relatório com sugestões a serem apresentadas as autoridades competentes”, afirma Ana Augusta Moreira.
De acordo com a professora, a pesquisa deve ter início ainda no final deste mês de outubro. Ana Augusta lembra que o trabalho de policial é um dos mais estressantes em todo mundo, tendo em vista o risco e a tensão constante a que eles são submetidos. Por esse motivo, o Estado precisa oferecer acompanhamento psicológico para evitar que os problemas de saúde atinjam níveis extremos.
“Para se ter uma ideia, hoje, a Polícia Militar do Rio Grande do Note tem apenas um psiquiatra para atender mais de nove mil pessoas. Isso é uma situação bastante delicada e de descaso”, comenta. Tal situação, inclusive, tem sido relatada constantemente pela Associação dos Cabos e Soldados, que já enviou a diretoria ao Hospital da Polícia Militar e constatou essa triste realidade.
“Esperamos realmente que esse trabalho de pesquisa e esse relatório sejam aproveitados para que possamos melhorar o atendimento psicológico e psiquiátrico aos policiais militares. Não podemos continuar com esse descaso, mas é importante que o maior número possível de PMs participe dessa avaliação”, completa o presidente da ACS-PM, o soldado Roberto Campos.
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