A SEGURANÇA EM SUAS MÃOS

A SEGURANÇA EM SUAS MÃOS
O DIA EM QUE A PM/RN PAROU!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012


Embora as negociações tenham se intensificado nesta terça-feira (7) e o Governo da Bahia ampliado suas ofertas, o movimento grevista da Polícia Militar (PM) do Estado não entrou em acordo com as autoridades estaduais. E, considerando a reação dos policiais que estão cercados pelo Exército na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), a paralisação pode não estar perto do fim, como avaliou o governador Jaques Wagner, também nesta terça. Após serem informados sobre o teor da reunião, que durou aproximadamente sete horas, os grevistas se aglomeraram e começaram a entor repetidamente as frases "Ô, a PM parou" e "Ô, o Carnaval acabou", esta uma "ameaça" cada vez mais alarmante, já que a folia momesca na capital baiana começa no próximo dia 16, daqui a nove dias. Sem a PM nas ruas, a realização da festa fica ameaçada.

A rodada de negociações contou com representantes de cinco entidades de classe de policiais militares e bombeiros, o presidente da seccional da Bahia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Saul Quadros; o secretário estadual da Casa Civil, Rui Costa; o secretário estadual de Administração, Manoel Vitório; o comandante-geral da Polícia Militar (PM) da Bahia, coronel Alfredo Castro; além do secretério de Segurança Pública, Maurício Barbosa.
A reunião foi intermediada pelo arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, dom Murilo Krieger, e aconteceu na sua residência episcopal. Nenhum representante da Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra), cujo presidente, Marco Prisco, iniciou o movimento paredista, participou do encontro. A justificativa do Governo é que não há negociação com entidades que radicalizam.
O dia foi tranquilo no centro do movimento grevista, na Alba, que fica no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Diferentemente do dia anterior, quando houve confrontos entre policiais e parentes que ficaram fora do cerco e homens das Forças Armadas (assista vídeo), nesta terça, o clima foi de paz. Prova disso é que os manifestantes entregaram um bolo ao comandante da 6ª região do Exército Brasileiro, general Gonçalves Dias, aniversariante do dia, que está à frente da operação que envolve a greve dos PMs na Bahia.
Horas antes, ele havia permitido que os manifestantes jogassem sacolas com alimentos, papel higiênico e água, devidamente revistadas anteriormente. Por volta das 14h30 (de Brasília), o fornecimento de energia elétrica e água foi plenamente restabelecido no prédio onde estão centenas de grevistas.
SAÍDA - Entre a noite desta segunda e a manhã desta terça, de acordo com o porta-voz da 6ª Região Militar, tenente-coronel Márcio Cunha, nove crianças e sete adultos saíram da Assembleia Legislativa, entre grevistas e parentes dos policiais. No início da tarde, o coordenador da ONG Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca), Waldemar Oliveira, entrou no prédio público acompanhado de duas defensoras públicas do Estado e uma da União e constatou que não hava havia mais nenhum menor de idade no local. "Ontem (segunda-feira) eu entrei e vi algumas. Mas hoje os líderes da greve nos deixaram percorrer todas as salas e corredores e não vimos nenhuma criança", contou Waldemar.
Entre as 16 pessoas que saíram, três eram policiais. Antes de permitir a saída deles, homens do Exército checaram se havia algum mandado de prisão expedido contra eles. Isso porque, desde o início do movimento, no último dia 31, o Ministério Público Estadual solicitou as prisões preventivas de 12 policiais, caracterizados como líderes da greve, que acabaram sendo decretadas na sexta (3) pela juíza Janete Fadul.
Todos são acusados de formação de quadrilha e roubo de patrimônio público - caso das 16 viaturas que ficaram em poder dos amotinados entre os dias 1º e 4. Além dos crimes, segundo o comando da PM, os policiais vão passar por um processo administrativo na própria corporação.
PRISÃO - Na tarde desta terça-feira (7), agentes da Polícia Federal (PF) prenderam o sargento Elias Alves de Santana, dirigente da Associação dos Profissionais de Polícia e Bombeiros Militares da Bahia (Aspol) e apontado como um dos líderes do movimento de amotinados.
Na madrugada do último domingo (5), o soldado Alvin dos Santos Silva, lotado na Companhia de Policiamento de Proteção Ambiental (Coppa), foi preso pelo próprio comandante da Coppa, major Nilton Machado, e encaminhado para a Polícia do Exército.
ESCOLAS - As escolas particulares, que reiniciariam o ano letivo nesta segunda, e as da rede municipal de ensino, que abririam as portas nesta terça, decidiram voltar a funcionar apenas quando a greve acabar. De acordo com a Secretaria Municipal da Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Secult) de Salvador, a decisão municipal foi omada a partir das informações das Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) sobre a situação nos bairros da cidade, atendendo também a manifestações das comunidades escolares. A rede é composta por 426 escolas, cerca de 140 mil alunos e mais seis mil professores.
O Governo do Estado, no entanto, resolveu abrir o ano letivo nas escolas da rede estadual nesta segunda-feira. No entanto, por medo da insegurança no Estado, apenas poucas unidades realmente funcionaram.

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