SOMOS TODOS DESCARTÁVEIS?
Quando analisamos a forma como o estado e a corporação a quem servimos, nos tratam a impressão que nos fica é que somos descartáveis. Longe de ser ironia, percebemos que o tratamento que o estado nos dá quando adoecemos, seja de doença orgânica, ou de doenças sociais (alcoolismo, dependência química),nos fazem sentir assim.
Desta feita um policial militar envolvido com consumo de entorpecente, fora morto em Macaíba em estado de abandono pelos seus patrões.
O índice de policiais militares envolvidos com dependência Química é alto, (inclusive sugerimos uma pesquisa para termos dados concretos sobre esse tema), mas sempre que alguém começa a se desencaminhar da função por motivos tais, primeiro vêm as punições internas, e quando, para usar o termo adequado para o militarismo, comem a conduta do mesmo, aí vem o abandono, muitas vezes coroado pela exclusão.
Outro fato que chama a atenção, é que muitos policiais são mantidos no trabalho, mesmo sendo ébrios habituais, condição que no próprio direito brasileiro, torna o cidadão incapaz. Mas infelizmente, quando eles esgotam nossa capacidade de produzir, nos abandonam ao seio da família ou á própria sorte nos deixando como alento apenas o orgulho de um dia ter servido bem a sociedade como guardião do direito e da ordem. Somos tratados como meros objetos descartáveis, sendo inclusive acusados de “sem-vergonhas” .
O tratamento dispensado ao policial militar “químico-dependente”, se existe no âmbito da caserna, é muito pouco difundido e não atende a demanda, porém a autoridade abusiva e o falso-moralismo estão sempre presentes no currículo dos policiais, que infelizmente enveredam por esta vereda tortuosa, que se atrapalha as relações de trabalho destroem quase sempre as relações familiares e sociais. Carimbados, é logico, pelos que deviam proteger e auxiliar aqueles que há bem pouco tempo ofereciam a sociedade o sacrifício do risco da própria vida em pela busca da paz e da ordem.
E agora, quem poderá nos ajudar?
ACSPMRN
DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO
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