Justiça matém Jeoás preso e ele teme não ver nascimento da filha
Preso há pouco mais de 30 dias, na sede do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), na Zona Norte de Natal, o presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do RN (ACS PMRN), cabo Jeoás Nascimento do Santos, continua afirmando que sua prisão é injusta, ilegal e política, e tendo sucessivos pedidos de habeas corpus negados pela Justiça.
Impedida de falar com o militar, a equipe de reportagem do portal Nominuto.com conversou com seu advogado, Paulo Cesar, e ele revelou os sentimentos e percepções de Jeoás sobre sua prisão, seus planos para o futuro e a angústia que vive, sem saber se poderá presenciar o nascimento da sua filha, nas próximas semanas.
"Ele entende que não há juridicamente nenhum argumento forte nem nenhum indício que poderá imputá-lo uma condenação futura. Na denúncia existe apenas uma conversa em que Jeoás afirma que o movimento está crescendo e que se não houvesse uma deliberação positiva na Bahia, o Rio de Janeiro poderia parar, bem como outros Estados do país".
"Na realidade tudo leva a crer que há uma dificuldade de se conseguir um alvará de soltura na Justiça baiana por causa do clamor da mídia durante a greve pedindo para que as punições fossem mais severas, mas caso o quadro não mude, confio plenamente que em Brasília conseguiremos um alvará de soltura".
Na semana passada, uma carta sua, escrita da prisão, ganhou repercursão nacional e foi lida em diversas Assembléias Legislativas do país, houve até pronunciamento na Câmara Federal sobre o caso, mas aqui no Estado os político pouco falaram na prisão.
"Jeoás ficou muito surpreso com a repercussão no Rio de Janeiro e depois do apelo de sua esposa ao deputado federal Juliano Rabelo (PSB/MT) ele conseguiu o apoio de vários outros deputados pelo país".
Jeoás tem deixado transparecer aos policiais militares o desejo de disputar uma vaga no Legislativo, contudo ainda não se lançou pré-candidato a disputa no pleito deste ano. "Ele tem falado dos seus projetos para o futuro, mas neste momento está focado em conseguir seu alvará de soltura".
O presidente da ACS espera o cumprimento do acordo firmado com o Governo no ano passado quanto a aprovação do pagamento do subsídio e melhoria das condições de trabalho dos policiais militares. E mais, que as atitudes da governadora Rosalba Ciarlini com os policiais sejam diferentes das do Governo do PT na Bahia.
Ele não pôde votar na eleição para escolha da nova diretoria da ACS, nesse sábado (16). Sua liberação temporária não foi autorizada pelo comandante geral da Polícia Militar, coronel Francisco Canindé Araújo da Silva, e agora espera, angustiado, o dia do nascimento de sua filha, sem saber se poderá presenciar o parto e acompanhar seus primeiros momentos de vida.
FONTE: www.cabojeoas.com
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